A literatura modernista nasceu subversiva e impulsionada por vanguardas artísticas que lançaram vários manifestos. Um dos primeiros foi o manifesto Futurista, escrito pelo poeta italiano Filippo Marinetti e publicado em 1909. Coragem, audácia e revolta deveriam ser os elementos essenciais da poesia futurista e seus seguidores devotariam o amor à velocidade, ao perigo, à pátria e à guerra. O futurismo identificou-se nas décadas seguintes com o fascismo. Em 1916, para protestar contra a loucura da Primeira Guerra Mundial, um grupo de artistas refugiados em Zurique (Suiça) lança o manifesto Dadá, um dos mais importantes do Modernismo, que daria origem ao Dadaísmo, um movimento contra tudo. Versos nonsense declamados em várias línguas, obscenos e agressivos eram um das formas do Dadaísmo escandalizar e denunciar um mundo sem sentido. Em 1924, o escritor francês André Breton lançou o manifesto Surrealista, um dos mais famosos do movimento modernista. Nele propunha uma arte feita a partir do inconsciente, que escapasse ao controle da consciência, e que possibilitasse uma livre associação entre os sonhos, as alucinações e a realidade.
A primeira metade do século 20 assistiu a ascensão do universo literário modernista, autores como Virginia Woolf (“Orlando”, 1928), T. S. Eliot (“The Waste Land”, 1922), William Faulkner (“O Som e a Fúria”, 1929), Ernest Hemingway (“Por Quem os Sinos Dobram, 1940), Franz Kafka (“A Metamorfose”, 1915) foram alguns dos representantes do período.
No Brasil, o nacionalismo deu uma particularidade a mais no movimento literário. A partir dos manifestos da Poesia Pau-Brasil, Antropofágico e Verde-Amarelismo procurou-se trazer as novidades da vanguarda da arte internacional incluindo elementos nacionais. Mário de Andrade (“Macunaíma”, 1928), Oswald de Andrade (“Pau Brasil”, 1925), Manuel Bandeira (“Libertinagem”, 1930), Érico Veríssimo (“O Tempo e o Vento”, 1949-1962), Graciliano Ramos (“Vidas Secas”, 1938) e Raquel de Queiroz (“O Quinze”, 1930) foram alguns dos autores que se destacaram no modernismo literário brasileiro.
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