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domingo, 18 de julho de 2010

A FIGURA DA MULHER EM “A MEGERA DOMADA” DE WILLIAN SHAKESPEARE



Podemos verificar que a obra “A Megera Domada” de Willian Shakespeare, foi inspiração para que outras obras surgissem e uma grande vertente disso é o cinema e a TV, essas adaptações, se contextualizam com a figura da mulher e com o poder patriarcal como soberano em sua época. Assim, criando um diálogo intertextual com o contexto sócio-cultural do século XVII.
Segundo Beauvoir, a mulher assimila o fato de que ela é objeto e, através da “não-autenticidade” e da “má-fé”, colabora na fabricação dos estereótipos que embasam a sua “inferioridade”. Os homens concedem a mulher como uma ameaça à vida masculina de transcendência, liberdade e autonomia. Por outro lado, ela é fadada a permanecer na imanência, ou seja, sua vida direciona-se a finalidades especificas: ela se envolve em produzir e cuidar de coisas que são apenas meios, tais como comida, roupa e abrigo. Essas coisas são objetos intermediários entre a vida animal e a existência livre.
Verificamos esse conceito de Beauvoir aplicado no discurso final de Katherina:

“... Seu marido é senhor, é vida, é guarda;

Seu chefe e soberano, ele é que a cuida.

Ele a sustenta; seu corpo ele dedica

Ao mais árduo labor, em terra e mar,

Na noite horrenda e no frio do dia,

Pra deixá-la no lar segura e quente.

E só pede a você, por recompensa,

Amor, beleza, e doce obediência –

“Pouca paga pra dívida tão grande...”
Katherina é uma vitima da opressão e do patriarcalismo muito comum na história da mulher. No inicio ela tenta discordar da doutrina patriarcal, mas a obra mostra que é inútil lutar contra a figura masculina, fato que acaba por inferiorizar a mulher. Isso talvez ocorra na obra, para que o autor não rompa com a corrente dos seres, onde cada ser ocupa um lugar na sociedade não podendo haver violação.

 

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