Minha maior aventura era gostar de
você, agora eu subo montanhas e vou deixando um pouco de você em cada cume e
desço mais leve. Na primeira subida eu desenhei um coração em uma árvore,
precisei voltar lá para riscar nossos nomes, depois pensei melhor e voltei para
transformar o coração em uma caveira mexicana. Ontem notei que a árvore havia
sido cortada.
Eu até pensei em descer o barranco
na sua companhia, mas você teria me jogado lá do alto, como aquela vez que me atirou
das nuvens, também, teve aquela vez que tentei voar segurando meia dúzia de balões
e você esperou eu tirar os pés do chão para estoura-los com uma agulha de
tricô.
Sempre te carreguei aqui comigo,
agora você está por aí e eu não quero saber se tem lanterna para se encontrar
na escuridão da noite e companhia para ver a beleza da manhã.
Qualquer
hora os bombeiros te resgatam no cume em que te esqueci e me ligam para te
buscar no hospital. Vou mandar um taxi te pegar e não se esqueça de dar gorjeta
para o motorista, vou pedir para ele abrir a porta para você.
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