"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

AMÉLIE

“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, o título não é proposital, pois tal obra cinematográfica não poderia receber outro adjetivo senão “fabuloso”. Estamos falando de um filme que te encanta do inicio ao fim e que quando termina o telespectador tenta buscar o que dizer no mundo introspectivo que Amelie Poulain leva-o a visitar.
A querida Amélie tem uma infância como muitas crianças que têm pais super protetores são levadas a viver. Ela não tem contato com outras crianças, além do pai acreditar que ela tem problemas cardíacos (um equivoco) a família é anti-social.
O filme tem o cuidado em mostrar as manias dos personagens, que não são excentricidades, mas coisas simples que ajudam as pessoas a suportarem os problemas maiores.
Como uma fuga de suas fraquezas Amélie passa a resolver a vida alheia, porém ela não consegue escapar por muito tempo de seus sentimentos. Como seu maior problema sempre foi se relacionar com as pessoas desde a infância, quando ela cresce seu ponto fraco continua sendo esse. Ela conquista sua independência, como uma mulher moderna, tem um emprego e mora sozinha, porém em certo momento ela se dá conta de que está mais sozinha do que gostaria.
Como ela não tem coragem de encarar as situações de frente passa a elaborar planos formando um jogo, para que assim ela possa alimentar esperanças amorosas sem ter que partir para o tudo ou nada.
Mesmo no momento em que ela tem um momento epifânico não sabemos se duraria muito tempo a ponto dela correr até encontrar seu amor, pois ele já está em sua porta esperando-a. Nesse momento, percebemos um tom romântico na obra, já que na vida real nem sempre seu amor estará esperando apenas você abrir a porta.
O filme europeu de grande sucesso tem todos os ingredientes para uma reflexão minuciosa de nossas atitudes, falhas e oportunidades que agarramos ou perdemos. Alguns diálogos merecem ser gravados na memória, além do cenário é claro, que é fabuloso.

"- Ela parece distante... talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?"

2 comentários:

  1. Fazendo das suas as minhas palavras, fabuloso é o adjetivo ideal para o filme em questão. A atuação de Audrey Tatou é brilhante, e assim como outros inumeros títulos franceses, recheado daqueles momentos que nos tiram o fôlego. Pode parecer uma parte pequena do filme, mas a cena em que ela recebe a notícia da morte da Lady Di eu acho impressionante. Adoro! Apropósito....parabéns pelos textos.

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  2. Muito obrigada pelo comentário! Adorei todos os apontamentos, adoro filmes franceses, eles dão mais valor aos detalhes que nos encantam. Enfim... Valeu mesmo,fico feliz em saber que as pessoas estão curtindo o blog, ainda mais quando é alguem especial como você.

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