Aqui não é São Paulo, não tem a Rua
Augusta, para ser sincera eu não consegui me divertir do jeito esperado lá
naquela rua, fiquei andando na chuva com uma long neck, o que não deixou de ser
divertido. Aqui também não é o Rio de Janeiro, não tem as peças do Matheus
Souza e Uma noite na Lua, teve uma única apresentação no
Festival de Curitiba.
Aqui a gente caminha do Centro
Cívico ao Largo da Ordem e quando cansa senta no cavalo babão, faz amizade com
o mendigo que te pede uma intera e vê uma briga, porque um ouve
Ramones e outro Ska.
Somos a cidade sorriso, mas temos a
fama de antissociais, acreditamos que respeitar o espaço do
outro, que divide o banco com a gente no ônibus, é questão de educação. Eu acho
inconveniente ter que tirar o fone do ouvido, quando começa minha música
preferida, para responder a senhora que reclama do clima.
O pessoal se encontra no shopping no
domingo de sol, o ar condicionado não deixa ninguém suado. Se você quer mais
sossego na praça de alimentação é melhor ir ao Crystal, mas se você é um
adolescente, da região Norte, em busca de uma paquera, atrás do Mc Lanche Feliz,
é melhor ir ao Mueller, se for da região Sul pode ser no Palladium.
Aqui a gente faz picnic no Barigui e
sente saudades de quando tinha banda aos sábados na Praça da Espanha, da época
que frequentávamos a 92º e de quando o MON não era habitado por cachorros, nada
contra os cachorros, mas a gente sente saudades daquele tempo, tanta coisa
aconteceu naquela época, aiai...
São pelas ruas do centro que a gente
caminha esperando ver os conhecidos, é por aqui que eu caminho esperando
te encontrar, apressado pelo calçadão da XV, nem que seja para falar que
hoje vai chover.
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