Ela
tomava uma cerveja no bar, tomava duas, tomava três e por aí foi. Sabe como é,
toma uma, toma duas, toma três e quando viu já tomou...
Naquele
dia a caminho do bar passou em uma banca e adivinha...! Comprou uma recarga
para o seu celular. Depois de algumas cervejas resolveu ligar para seu ex-affair (é claro). Não tinham sido
namorados, haviam se acostumado com a presença um do outro e foram levando por
um tempo, até que ele achou que era melhor não se verem mais e ela para parecer
legal concordou.
Discou
e desligou na primeira chamada. A besteira estava feita, indiferente de ter
desligado, ele veria o seu número no identificador de chamadas. Droga de
tecnologia! Enfim, já estava tudo perdido mesmo, ela iria mandar uma mensagem.
Mandou! Estava sozinha, queria ocupar o tempo com alguma coisa naquela mesa de
bar vazia, a única vazia, já que todas as outras estavam ocupadas com casais sorrindo,
bêbados e momentaneamente felizes.
Ela
recebeu uma nova mensagem, seu coração disparou, pediu mais uma cerveja,
precisava tomar coragem para abrir a resposta. Ele podia estar xingando, mas
porque a xingaria? Por gostar dele? Por não conseguir esquece-lo? Os homens são
instáveis, talvez ele tivesse se arrependido e quisesse vê-la. As múltiplas
hipóteses dançaram pela sua mente. A inquietude tomou conta de si, transparecendo
em seu corpo, suas mãos tremiam e seus pés batiam no chão de madeira (não sei
por que dizer que o piso era de madeira, mas achei que ficaria mais bonito).
A
cerveja chegou, ela matou aquela garrafa com tanta rapidez que não conseguiu se
reconhecer, não era de beber tanto.
Enfim,
abriu a mensagem que dizia:
“Sua recarga
foi efetuada com sucesso, aproveite nossas promoções.”
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