A dor não é
pequena, tá lá na alma, pra valer a pena. Eu sou à flor da pele, o eco de
intensa me deixa tensa. Eu queria ser legal, você me achou sempre exagerada e
nem ao menos gostava de Cazuza. Fui errada, queria ser música gostosa para ouvir todo dia, fui música de balada. Você dançou até cansar, foi para casa e
acordou de ressaca, disse que não gostava de sentir-se embriagado. Eu disse que
podia ser devagar, amar devagarinho, mas eu não sabia quando parar e quando me
dava conta o passo tava acelerado, era para te encontrar mais rápido e você
dizia, quem anda muito ligeiro se atrapalha e eu tropeçava, rapidinho eu caia
aos seus pés. Você chutou a minha cabeça e eu fui para longe, tão zonza que só
pensava em você, doía pensar.
Eu não acho que
a culpa seja tua, eu que sou muito pequena para caber tanto amor, eu que não
tenho muita sorte, eu que não sei ser forte e amo até a morte.
Vou sentindo
toda a insatisfação de não acomodar tanta paixão, fazendo canção, sentindo
amor, correndo para te encontrar, registrando que o meu amor é teu, só para
constar e todo mundo saber que sou pequena com um coração grande, deformação
que eu gosto de carregar, só porque gosto de te amar.
Você já leu Gabito Nunes? É um novo escritor gaúcho. Ele tá escrevendo uma novela online, "Juliete nunca mais" e o tom desse texto me lembra tanto ele. Parece que é a Juliete falando hahaha
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