8 de Maio de 2013
QUERIDO PERSONAGEM FICTÍCIO,
Aguenta aí, que tudo tem o seu
tempo. Aguenta aí que já está passando. Eu repito isso para mim, mas não está
fazendo efeito. De nada adianta um discurso sem ideologia e eu realmente não
acredito no que ando falando, quando digo que vai ficar tudo bem.
Tem gente achando que estou pirada,
tem gente que acha que estou desanimada e tem quem não note nada. Eu queria não
notar você, dentro da minha cabeça.
Dentro dela tem você. Até o que já
existia antes de você, combina com a sua camisa bege. Acho que essa cor é fácil
de combinar, mas (diferente das cores coloridas que gritam significados
semióticos) é difícil entender o que ela expressa.
Pode ser que eu não queira entender
o óbvio, mas acredito no que você fala e para mim isso é o certo, mesmo que
você diga coisas que eu não entenda.
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As pausas me fazem pensar em você e
os recomeços me levam a falar de você. Parece que o texto está ficando chato de
tanto eu e você e nenhum nós. Talvez seja tanto nós inexistente que eu esqueça
que tem eu e você.
Desculpa por não seguir o roteiro e
esquecer que éramos personagens, confundi realidade e ficção, confundi você em
mim e a história ficou tão experimental que nem a gente entendeu a sinopse.
Sempre odiei sinopses, elas não dizem
nada, então, não faz mal.
Beijos,
até as próximas palavras.
Na verdade eu só queria saber se
você está bem, como estão os seus dias.
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