"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

sábado, 11 de maio de 2013

CARTA ABERTA

8 de Maio de 2013

QUERIDO PERSONAGEM FICTÍCIO,

 
            Aguenta aí, que tudo tem o seu tempo. Aguenta aí que já está passando. Eu repito isso para mim, mas não está fazendo efeito. De nada adianta um discurso sem ideologia e eu realmente não acredito no que ando falando, quando digo que vai ficar tudo bem. 
           Tem gente achando que estou pirada, tem gente que acha que estou desanimada e tem quem não note nada. Eu queria não notar você, dentro da minha cabeça. 
            Dentro dela tem você. Até o que já existia antes de você, combina com a sua camisa bege. Acho que essa cor é fácil de combinar, mas (diferente das cores coloridas que gritam significados semióticos) é difícil entender o que ela expressa.
            Pode ser que eu não queira entender o óbvio, mas acredito no que você fala e para mim isso é o certo, mesmo que você diga coisas que eu não entenda.  

 
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            As pausas me fazem pensar em você e os recomeços me levam a falar de você. Parece que o texto está ficando chato de tanto eu e você e nenhum nós. Talvez seja tanto nós inexistente que eu esqueça que tem eu e você.
            Desculpa por não seguir o roteiro e esquecer que éramos personagens, confundi realidade e ficção, confundi você em mim e a história ficou tão experimental que nem a gente entendeu a sinopse.
            Sempre odiei sinopses, elas não dizem nada, então, não faz mal.

 
P.S Eu só queria inventar um amor, então, inventei você.

Beijos, até as próximas palavras.

 

 

 

 

 

 

 

Na verdade eu só queria saber se você está bem, como estão os seus dias.

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