“O pecado mora ao lado", é uma comédia da década de 50, estrelada pela fabulosa Marilyn Monroe e pelo talentoso Tom Ewell. Ambos conseguem fazer do roteiro, baseado na peça de George Axelrod, uma história engraçada com o toque patético do personagem Richard e com a sensualidade ingênua da vizinha.
Os pontos que devem ser analisados de acordo com o contexto histórico da época, em que o filme foi produzido, são os meios usados para burlar a censura americana conservadora. Mostrar o adultério nas telas do cinema, provavelmente, seria muito difícil de acontecer, mas esse filme conseguiu fazer com que a censura não pudesse argumentar que o adultério realmente aconteceu, já que não há nenhuma cena explicita disso, além do personagem se culpar o tempo todo de ter uma loira em seu apartamento e no fim deixá-la para ir ao encontro de sua esposa. Nesse caso, podemos até argumentar que o filme tem um discurso contra atos imorais, o código Hayes acreditou nisso...
Outro elemento, no filme, que tem muito a ver com a época em que os norte-americanos viviam era a explosão publicitária, que por meio da profissão dos protagonistas era exaltada, já que Ewell dava vida a um publicitário e Monroe a uma garota propaganda de pasta de dente.
Por trás das câmeras muitas coisas aconteciam. Marilyn Monroe era a responsável por esses momentos conturbados nos bastidores, já que estava apresentando os sintomas que a levaram a morte. Ela chegava atrasada nas gravações e esquecia o texto, chegando a ser gravado um único take 40 vezes. Os tranqüilizantes que a mataram já faziam parte de sua rotina, pois, enquanto a carreira ia muito bem a vida pessoal ia a ruína. Seu casamento estava em crise e chegou ao fim quando na imortalizada cena do vestido branco ela arrancou suspiros dos homens que passavam pelo teatro, sendo inclusive filmada novamente em estúdio, pois com os gritos da platéia seria impossível usá-la.
Contudo, como uma boa profissional, Monroe interpreta seu papel de maneira belíssima junto com seu companheiro de trabalho, formando um casal divertido e apaixonante nas telas. Vale à pena reviver o que os telespectadores dos anos 50 tiveram o prazer de desfrutar.
Contudo, como uma boa profissional, Monroe interpreta seu papel de maneira belíssima junto com seu companheiro de trabalho, formando um casal divertido e apaixonante nas telas. Vale à pena reviver o que os telespectadores dos anos 50 tiveram o prazer de desfrutar.
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