Podemos classificar as artes em duas categorias, sendo que uma tem como principal objetivo o belo e outra o útil. A sabedoria humana em sentido absoluto, ou apenas filosofia, é a arte pelo belo. Seguindo o raciocínio de que a felicidade está atrelada às coisas belas e que é por meio da filosofia que conhecemos essas coisas, logo é pela filosofia que chegamos à felicidade. Por isso, abordaremos a arte pelo belo e deixaremos a arte pela utilidade para outra ocasião.
O belo pode ser verificado pelo conhecimento teórico (matemático, físico e metafísico) e prático. Sendo que no primeiro o homem adquire conhecimentos que não são objetos de ação e o segundo refere-se à prática do belo, o conhecimento praticado, ou ainda, filosofia política.
Essa filosofia prática ou filosofia política divide-se nos hábitos morais atrelados às ações belas e como adquirimos o belo, denominando-se ética, e o conhecimento que leva o ser social a alcançar e conservar as coisas belas.
Assim, a felicidade é o belo e o bom, presentes na moralidade e na ética, e não como se pressupõem que riqueza, prazer e honra sejam os responsáveis por uma vida feliz. A felicidade é a plenitude, pois não alçamos nada por meio dela, ela se basta. Riqueza, prazer e honra, citados anteriormente, quando alcançados cessa-se a busca, levando à insatisfação pessoal, ou seja, essas passagens nunca poderão ser vistas como felicidade, pois não se bastam.
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