Quando falamos de tempo, rapidamente, fazemos uma
relação ao mundo exterior, às conquistas que nos direcionaram por caminhos que
chamamos de passado, presente e futuro (Quem fomos, quem somos e quem seremos).
Achamos que cada caminho é consequência de algum passo certo ou errado que em
determinado “tempo” escolhemos dar.
Tempo é mais do que fatos externos, mais do que uma
escolha, mais que uma consequência e uma linearidade envelhecedora. Nem sempre
o que é passado no mundo externo, aquilo que deixou de existir aos olhos do
coletivo, torna-se passado no mundo interno, pois ainda é memória, logo ainda
existe.
Vivemos em um tempo de ordem social e um tempo
subjetivo. Vivemos na angústia de caminhar por dois tempos que não dialogam em
harmonia e são responsáveis por todas as inquietações, questionamentos e
angústias que bagunçam a mente e a ordem externa das coisas e seres,
ocasionando momentos confusos em que passamos da introspecção as
responsabilidades do dia a dia sem que tenhamos “tempo suficiente” para
harmonizar realidade e fantasia (que cria e perturba).
Emoção e razão habitam tempos diferentes: a razão sempre
será presente e a emoção será presente misturado com passado e futuro, tempos
que existem apenas no fluxo da consciência e por isso são incompreendidos pelos
indivíduos ao nosso redor, pois estamos perdidos no tempo das lembranças.
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