"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

LEMBRAR É (RE)VIVER

 
Quando falamos de tempo, rapidamente, fazemos uma relação ao mundo exterior, às conquistas que nos direcionaram por caminhos que chamamos de passado, presente e futuro (Quem fomos, quem somos e quem seremos). Achamos que cada caminho é consequência de algum passo certo ou errado que em determinado “tempo” escolhemos dar.
Tempo é mais do que fatos externos, mais do que uma escolha, mais que uma consequência e uma linearidade envelhecedora. Nem sempre o que é passado no mundo externo, aquilo que deixou de existir aos olhos do coletivo, torna-se passado no mundo interno, pois ainda é memória, logo ainda existe.
Vivemos em um tempo de ordem social e um tempo subjetivo. Vivemos na angústia de caminhar por dois tempos que não dialogam em harmonia e são responsáveis por todas as inquietações, questionamentos e angústias que bagunçam a mente e a ordem externa das coisas e seres, ocasionando momentos confusos em que passamos da introspecção as responsabilidades do dia a dia sem que tenhamos “tempo suficiente” para harmonizar realidade e fantasia (que cria e perturba).
Emoção e razão habitam tempos diferentes: a razão sempre será presente e a emoção será presente misturado com passado e futuro, tempos que existem apenas no fluxo da consciência e por isso são incompreendidos pelos indivíduos ao nosso redor, pois estamos perdidos no tempo das lembranças.

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