A percepção do nosso mundo é realizada através dos cinco sentidos e representado pela linguagem. E só podemos transformar em linguagem os conceitos que armazemos em nossa mente.
Diante desse enunciado pressupõe-se que a linguagem (esta que é cultivada individualmente pelo sujeito) cria o mundo que também é formado por referentes que nos remetem as coisas do mundo.
Essa discussão logo nos leva a refletir qual seria a definição de linguagem. Segundo Chomsky está associada ao conceito de competência e performance. A competência sendo o conhecimento da estrutura da língua (SVO) e a performance o uso do conhecimento/competência.
Essas definições que nos fazem aumentar nossos conceitos sobre o tema acarretam em inferências que junto com a linguagem verbalizada nos fazem argumentar sobre os teóricos que podem nos trazer novos conhecimentos, aumentando o mundo de cada sujeito ou ser apenas frases de asserção afirmando as coisas do mundo. Cada um tem o direito de aceitar como verdade a importância da palavra no mundo ou não, de aceitar as teorias já estudas ou procurar novas respostas.
Nesse estudo a minha verdade tem como principal motivação dizer que os vários 'eus' que existem em cada individuo tem como principal fonte de criação a linguagem, pois somos o que sabemos e o que falamos. Neste contexto cabe afirmar que dizer é fazer, pois a ação das palavras é usada com a intenção de mudar o estado mental do seu interlocutor que quando aumenta o conhecimento de mundo aceita a quebra de paradigmas.
Voltando aos conceitos devemos ainda formar definições em relação à língua, já que ela é a competência e a linguagem a performance. Essa estrutura tem como fator determinante a cultura. É necessário que o ouvinte reconheça o poder do falante que neste contexto é dotado de certa autoridade para dizer. A língua é poder e também um acordo entre os falantes que fazem uso da competência, influenciando as estruturas mentais.
Nossas trocas de palavras (...) são, caracteristicamente, pelo menos em algum grau, esforços cooperativos; cada participante reconhece em si e nos demais, em alguma medida, um propósito ou conjunto de propósitos comuns ou pelo menos uma direção mutuamente aceita.
(Grice, apud Lage, 2000)
Para finalizar é interessante ressaltar os teóricos Austin (1962/1969), dizer é fazer, Searle (1969/1975) teoria dos atos de fala e Grice (1975), estudo das máximas e implicaturas.
No Brasil a pragmática começou a ser estudada na UNICAMP na década de 80. No Paraná em 2004 na UFPR e em 2006 na UTP.
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