SINOPSE
Julia (Kristin Scott Thomas) é uma jornalista que vê a sua vida envolvida com a de uma garota chamada Sarah: uma menina que teve a família destruída por nazistas, na maior perseguição de judeus na França. Às vezes o passado pode desvendar o futuro.
Elle s'appelait Sarah (2010), longa de Gilles Paquet-Brenner adaptado do best-seller de Tatiana de Rosnay, ilustra o episódio do Velódromo em Paris, que entre os dias 16 e 17 de julho de 1942, foi cenário do sofrimento de cerca de 13.000 judeus, que foram obrigados a sobreviverem em condições desumanas até serem conduzidos ao campo (em condições não menos piores).
“A Chave de Sarah” poderia ser mais um filme que retrata o sofrimento de uma sociedade causado pelos nazistas, mas existe um diferencial, uma chave. O sofrimento de Sarah que é enorme consegue se intensificar com a tentativa de salvar o irmão, que é frustrada por causa da chave que ela carrega e que deveria ter voltado para o seu lugar.
Nesse filme os vilões não são os alemães, mas os franceses que também perseguiram os judeus. Somos levados a uma suspensão da realidade tão grande que é necessária a alternância de momentos da história, transitando entre o período da Segunda Guerra Mundial e os dias atuais, usando como pretexto a história de uma jornalista que se torna obcecada pelo caso da família Starzynski.
A jornalista desempenha o papel de nos revelar fatos que a história desconhecia. Até o momento que Sarah busca colocar a chave em seu devido lugar a narrativa desvenda facilmente o que aconteceu com a menina e seus familiares, porém depois disso são as investigações de Julia que nos revelam o futuro da menina que foi condenada pelos nazistas e pelo o amor ao irmão.
Observamos que em dois momentos a seguinte frase é citada: “Somos produto de nossa história”. Ao fim do filme é isso que percebemos, o roteiro vai além das angustias de Sarah, revelando toda a angústia que herdamos de nossos antepassados. A melancolia da Segunda Guerra ainda assombra a sociedade "Mundial", brasileiros que tiveram seus antepassados forçados a deixar a polônia, americanos que são filhos e netos de judeus obrigados a deixar a Alemanha, etc. Assim vai sendo descoberto o rastro de uma atrocidade que não pode ser apagado da história de nossas vidas.
Gênero: Drama e Guerra
Duração: 111 min.
Origem: França
Direção: Gilles Paquet-Brenner
Roteiro: Gilles Paquet-Brenner e Serge Joncour
Distribuidora: Imagem Filmes
Censura: 14 anos
Ano: 2010
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