"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

sábado, 17 de julho de 2010

O CONTEXTO MODERNISTA


O contexto em que a literatura se insere é que dá vida as produções artisticas. Vejamos o que ocorria na época em que a literatura modernista se alastrava pelo mundo, para que possamos entender melhor o que os modernistas representavam através da percepção histórica.
No plano mundial, os problemas econômicos advindos da queda na Bolsa de Nova Iorque, a Segunda Guerra Mundial, o nazi-facismo, as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, enfim, a desintegração da sociedade mundial norteavam a população. Um dos reflexos na arte são as pin-ups, pois a arte dos pôsteres influenciou artistas até as primeiras décadas do início do século 20, quando os calendários também passaram a trazer desenhos de mulheres com silhuetas idealizadas pela imaginação masculina da época. E é justamente a partir do ato de pendurar ilustrações nas paredes que o nome pin-up surgiu.
Foi na década de 40, contudo, que as pin-up girls (ou “garotas penduradas”) viveram o auge do sucesso. Numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva e ser fotografada nua, atentado ao pudor, lápis e tinta davam forma a essas mulheres, carinhosamente chamadas de “armas secretas” pelos soldados americanos – na Segunda Guerra Mundial, elas serviam de alívio para os pracinhas que arriscavam a vida nos campos de batalha.
Durante a segunda guerra mundial, de 1939 a 1945, o Brasil procura manter-se neutro. Porém o ataque-surpresa dos nazistas a cinco navios mercantes brasileiros, em agosto de 1942, obriga o Brasil a abandonar a neutralidade e posicionar-se em face do conflito. Há o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com a Alemanha, a Itália e o Japão. Em meados de 1949, sob o comando de Mascarenhas de Morais, parte para a Itália a Força Expedicionária Brasileira. Ao fim da guerra, o país perde 2 mil soldados e 37 navios. Mas, com os Aliados, é vitorioso contra a opressão e a violência. Em 1945, volta a reinar a paz mundial.
Com a vitória dos Aliados ao fim da segunda grande guerra, a permanência da ditadura de Getúlio Vargas torna-se insustentável. Em 1945, o ditador renuncia e retira-se para a sua estância em São Borja (RS). A chefia da Nação é entregue ao presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, o ministro José Linhares, até que um novo presidente fosse eleito: Eurico Gaspar Dutra. Uma ampla anistia política assinala a redemocratização do país e formam-se, então, novos partidos.
Ecos da grande guerra e da ditadura nacional manifestam-se nos poemas de Carlos Drummond de Andrade, "A Rosa do Povo", e no livro de João Cabral de Melo Neto, "O Engenheiro", ambos publicados em 1945.




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