E quem é que não teria desistido
depois da segunda coisa estranha que fez doer até a alma? Eu não desistiria nem
depois da quarta, quinta ou décima vez. Tem gente pensando que estou pirada,
mas nem estou, fique calmo.
Algumas pessoas teriam quebrado
alguns copos, pratos, janelas, telhados, a sua cara, os seus dedos, os seus
membros inferiores... Mas eu sou desajeitada e estou muito ocupada juntando os
pedaços do meu coração quebrado. Não tenho certeza se foi você quem quebrou ele
para mim ou se derrubei sem querer no seu colo e você assustado
jogou para cima, eu tentei pegá-lo, mas não tenho coordenação e voou sangue
para todo lado. Fiquei com medo de pegar alguma doença sanguínea, mas depois me
falaram que era paranoia minha, porque não existia nenhuma doença sanguínea que
eu pudesse pegar, além de tudo o sangue era do meu coração. Mas é que ele anda
tão doente, coitado, que vai saber, né?
Eu não quero parecer muito
ansiosa com o que vai acontecer, mas isso me deixa um pouco aflita e eu não
consigo fazer nada além de ficar angustiada com todas essas coisas desajeitas
que acontecem sem que eu queira ajeitar.
Às vezes escrevo coisas esquisitas
que ninguém entende, também nunca me entendem nas conversas aleatórias, nas
aulas de português, inglês e nos trabalhos acadêmicos. Talvez eu complique um
pouco as coisas, ou talvez eu não diga nada de importante mesmo.
Tudo isso para explicar que se sair
alguma coisa desastrada no meio de tudo isso não é por mal, é por ingenuidade,
ansiedade, nervosismo, dor de barriga, vontade de vomitar, dor de cabeça, no
estômago, na unha, na raiz do cabelo, mas tudo isso é por alegria, porque
quando eu estou triste fico quieta e pareço normal, só que agora estou
triste e não pareço normal, sempre tem as exceções.
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