"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

domingo, 2 de janeiro de 2011

LINGUAGEM: UM ESTUDO PRAGMÁTICO



A capacidade que os humanos têm de converter em conhecimento as informações, que agregam no mundo em que vivem, chama-se cognição. Ou seja, a cognição é responsável pela produção de conhecimento, que por sua vez está ligada a linguagem, já que a mesma cria o nosso mundo.
Para que as informações recebidas pelo individuo sejam processadas, com eficácia pela cognição, a interação comunicativa deve ser relevante, tanto para o falante quanto para o ouvindo, já que ambos estarão processando e armazenando informações na memória conceitual.
Um enunciado pode ter mais que um significado. Esse estudo semântico nos leva a perceber que o individuo, por meio da cognição humana e os processos inferenciais, encontra o conteúdo informativo do enunciado pelo contexto que está inserido.
Os estudos lingüísticos (semânticos e pragmáticos) baseiam-se não na estrutura da sentença, mas sim nos desejos, valores e intenções dos interlocutores, chegando ao pensamento humano. Ou seja, quando analisamos um enunciado, devemos perceber a intenção daquele que comunica.
Quando inferimos uma informação, deduzimos aquilo que nos foi dito. Essa pratica chama-se Teoria da Relevância, propriedade psicológica que determina implicações contextuais relevantes. Nesse caso, o principio cognitivo responsável pela interpretação é o Principio da Relevância. E irá ser a interpretação mais relevante que causará efeito cognitivo, exigindo o menor esforço de processamento.
Um enunciado forma-se também pela intenção, uma das características da cognição. A interação humana que gera uma intenção no discurso ocorre sempre em um contexto.
O contexto vai além do espaço físico, como todos pensam. Ele vive no psicológico de cada individuo que o constrói por um subconjunto de representações sobre o mundo em que vive. São essas representações responsáveis pelas interpretações dos enunciados.
Nunca um individuo irá partilhar do mesmo contexto, ambiente cognitivo, que outro, então, as interpretações não serão mutuamente conhecidas. Porém, nós humanos, somos capazes de trocar informações, por meio da comunicação, supondo o que está sendo manifestado pelos interlocutores.
Assim, a percepção e representação de mundo são as causadoras da cognição humana, levando o individuo a criar em sua memória conceitual o seu contexto. E para que as informações dadas pelo falante tenham algum sentido para o ouvinte é necessário que o dito seja conhecido. Ao contrário não causará nenhuma interpretação, pois faltará o conceito.

Vejamos como podemos analisar um enunciado:

Aluno: O senhor não avisou sobre a prova de ontem.

Professor: Você faltou muitos dias.
O professor leva o aluno inferir o que com sua resposta?
Se o aluno faltou muitos dias, logo perdeu a informação dada pelo professor, referente à data da prova.

No exemplo, o aluno teve que inferir de forma dedutiva que perdeu a data da prova.

2 comentários:

  1. Na minha humilde opinião, eu acho que linguagem, lingua, falas e enfim servem para comunicar. Se da pra sacar a mensagem, ta valendo.

    Emtam q c foda a gramatika!

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  2. Foda-se a gramatica, salve Marcos Bagno e o fim do preconceito linguistico. HAHAHA

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