Audrey Hepburn estrela o filme “Bonequinha de Luxo”, dando à personagem um ar requintado. A obra que é inspirada na obra literária de Truman Capote sofreu diversas modificações, para que tivesse aceitação do público e da censura. Assim, tornando-se um filme sem choques sociais, mas sim ressaltando a sensibilidade da personagem, que ao contrário do livro não é bissexual e ao invés de ser uma prostituta é apenas uma acompanhante de bate papo, chegando a criticar muitas vezes o vizinho por receber dinheiro de uma mulher em troca de lhe dar prazer.
A obra cinematográfica valoriza o luxo durante toda a história, exceto em seu desfecho, onde os sentimentos se sobrepõem a qualquer necessidade de consumo.
Até então, Holly, que demonstra não querer se prender a nada nem a ninguém, se mantem aprisionada em seu desejo pelo dinheiro. Primeiramente, ela usa o amor pelo irmão como desculpa para correr atrás de melhores condições de vida, mas depois que ele morre ela continua focada em conseguir um marido rico.
É quando ela pensa estar se aprisionando é que se liberta. Dá vazão aos sentimentos e se entrega, realmente, a si mesma. Pois, somos o que sentimos, o que ela passa muito tempo sufocando e se sufocando em uma vida superficial de luxo e glamour, porém, sem essência alguma, convivendo com o que ela chama de ratos e super ratos.
Desse modo, cria-se um filme de bom gosto, com uma fotografia belíssima, usando NY como cenário, mas que nos lembra Paris pela forma tranqüila, encantadora e apaixonante que nos é revelada. Bonequinha de Luxo tornou-se um clássico dos anos 60. Vale a pena o espectador contemporâneo apreciar e até mesmo pensar como seria se Monroe tivesse ganhado o papel, já que inicialmente foi cotada para dar vida a Holly.
FICHA TÉCNICA
Título original: Breakfast at Tiffany's
Duração: 115 min
Ano de lançamento: 1961
Estúdio: Paramount Pictures / Jurow-Shepherd
Distribuidora: Paramount Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: George Axelrod, baseado em livro de Truman Capote
Produção: Martin Jurow e Richard Shepherd
Música: Henry Mancini
Fotografia: Franz Planer e Philip H. Lathrop
Direção de arte: Roland Anderson e Hal Pereira
Figurino: Hubert de Givenchy e Pauline Trigere
Edição: Howard A. Smith
Mesmo adorando Monroe não consigo imaginar ele como Holly. Acho que o filme ficaria um tanto caricato já que a comédia iria ser inevitável. Mas Audrey Hepburn realmente humaniza a personagem de forma magnífica. Clássico. Realmente, um grande clássico!
ResponderExcluirAbraços :)
Um clássico adorável!! Obrigada pela contribuição, Alan.
ResponderExcluirHolly é tão única, assim como James Dean! acho que seus filmes são mais interessantes que de Monroe, por exemplo - Bonequinha de Luxo é um clássico, até hoje muito lindo e contagiante.
ResponderExcluirbj
Penso que a classe e a sofisticação da Holly são fatores importantissimos para o filme ter se tornado um clássico.
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