“Para o Vampiro – Variações nº 1” é uma peça dirigida por Marcos Damaceno, escrita pelo mesmo e por Marcelo Bourscheid. A peça estreou no Teatro Novelas Curitibanas em 16 de fevereiro permanecendo em cartaz até o dia 18 de março de 2012. Na seqüência, estará em cartaz no Festival de Curitiba que acontece entre os dias 27 de março a 08 de abril.
Usando a estética do frio o personagem em crise, que é separado do mundo pelo o seu próprio mundo, vive a melancolia causada pela pressão de ter que escrever uma peça em sete semanas e se tortura entre as exigências da indústria cultural e a própria vontade.
O cenário escuro e o temporal expressam a tortura mental a que o escritor se submete. Ele pode escrever, mas não quer. Porque não? Talvez por falta de uma inspiração consistente, porque nada do que ele pensa é original, tudo parece ser copiado, tudo parece ter sido dito, é como se estivesse vampirizando, sugando a essência do outro o tempo todo.
A peça faz uma critica a indústria cultural, ao teatro de entretenimento. A companhia paga para o público assistir, pois o objetivo não é lucrar e sim espalhar a arte, mesmo que para isso tenha que usar do elemento criticado para atrair a atenção da sociedade.
Enfim, trata-se de uma obra que questiona, que te deixa inquieto e atento a todo movimento representado, a cada palavra dita, pois o personagem que se encontra perdido em seus pensamentos, que ouve vozes, que tem devaneios e se angustia com o tempo que desfaz o encantamento da criação poderia escrever algo divertido, mas não quer, ele não é divertido, ele não pode ser falso com ele mesmo, trair a sua essência melancólica, introspectiva e critica.
Um homem e uma mulher, um homem e duas mulheres, o amor e a morte. Quando “A” história acaba você está morto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário