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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TRIBO URBANA: BEAT

A década de 50 é uma fonte inacabável de estudos e o os beatniks são focos de análises. Podemos dizer que os beatniks formaram as primeiras tribos urbanas, influenciadas pelo romantismo, do século XX, na América do Norte.
Por meio do vestuário esses grupos demonstravam a revolta que a Segunda Guerra Mundial fez nascer. Os primeiros grupos surgiram em comunidades estudantis da Costa Oeste com o intuito de protestar contra o bombardeio de Hiroshima, a preparação para atacar a Coréia e criticar o “American Way of Life”.
Podemos classificar os beatniks como o início de um futuro revolucionário, em busca de uma nova sociedade. Esse grupo foi presente na literatura, pois aconteciam saraus e leituras de poemas nas livrarias. Um jovem beat rejeitava o álcool, o materialismo, o racionalismo, a repressão, o racismo, entre outros, e defendia a poesia, o sexo livre, a imaginação, auto-expressão, o jazz, etc.
As roupas desses jovens representavam o grito contra o progresso tecnológico e a burguesia. Os homens eram conhecidos por usar calça Levis 501, camisa jeans sem gravata e o uso da camiseta como traje habitual. As mulheres vestiam-se com roupas escuras, mostrando o luto profundo, junto a calças justas e sapatilhas como recusa do salto que representava o luxo das jovens burguesas. Questionava-se o sentido das roupas, por isso recusavam a moda.
A geração beat foi representada na literatura, tendo como romance de maior sucesso “On the Road” de Jack Kerouac, que seria mais tarde representado na sétima arte por meio do filme “Sem Destino”. Já a atriz Audrey Hepburn era vista como um ícone para as mulheres beatnicks.
As influências do grupo pós-guerra chegou a Europa ocidental, nascendo na Inglaterra em 1957, além de anteceder a cultura hippie. Os beatniks formaram uma tribo urbana que por meio da percepção da época representam um contexto histórico importante para a nossa formação social.

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