"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CARNEVALE DI VENEZIA


O carnaval de Veneza, na Itália, surgiu como uma clássica celebração de elite e intelectualizada, pois podemos ver muito luxo e representação artística nas fantasias e nas famosas máscaras.
As máscaras usadas no Carnaval de Veneza tiveram grande inspiração nos personagens da “Commedia Dell´Arte”. A Comédia de Máscaras ou “Commedia Dell´Arte” apresentava espetáculos teatrais em prosa pela Europa, incluindo a Itália, entre a segunda metade do século XVI até meados do século XIII. O espetáculo produzido pela Comédia de Máscaras baseava-se no improviso dos atores que produziam cenas cômicas, trágicas ou tragicômicas. Os personagens eram compostos por tipos típicos regionais, incluindo dialetos, temperamentos característicos, além de vestimentas e máscaras que davam todo o glamour ao espetáculo.
Podemos perceber em crônicas do fim do século XVI que a celebração do Carnaval de Veneza chegava a durar até seis meses. Foi nessa época, também, que o uso das máscaras foi regulamentado. Porém, no início do século XVII as autoridades proibiram o uso das máscaras em razão de abusos praticados com o uso das mesmas, como adultério, furtos e homicídios.
Depois disso o carnaval foi perdendo espaço entre as festividades de Veneza até o século XIX. A partir do ano de 1980 as autoridades passaram a encorajar a celebração e a volta de um grande traço da cultura de Veneza. As fantasias, acompanhadas das tradicionais máscaras, fazem parte do espetáculo que atualmente atrai mais de cem mil pessoas à Praça de São Marcos. O lugar onde ocorre a festa deixa o Carnaval de Veneza mais receptivo ao povo, tornando-se um evento popular.
Ainda há a burguesia que se nega a cultura popular e se fecha em hotéis de luxo decorados anualmente com temas das óperas de Verdi.
Mesmo com a popularização, o Carnaval da Praça de São Marcos conserva o luxo e o fascínio do Carnaval dos séculos anteriores, aproximando o povo que se diverte de maneira desinibida e fantástica aos olhos de todos que observam a representação cultural do Carnaval de Veneza.

sábado, 25 de dezembro de 2010

A ALEMANHA ENTRE GUERRAS REPRESENTADA PELAS PERCEPÇÕES ARTISTICAS



É sabido que a arte representa a percepção de mundo, muitas vezes sendo instrumento de critica e protesto referente a algum caos social. Podemos citar a Alemanha em seu período entre guerras e as produções artísticas da época. Em um período onde as produções eram acadêmicas, a derrota na Primeira Guerra Mundial, foi o alicerce para a quebra de paradigmas artísticos.
Alguns dos mais importantes artistas da época pertenciam a Secessão de Dresden - Grupo 1919, como por exemplo, os expressionistas Otto Dix, Max Beckmann e Lasar Segall. Eles são grandes responsáveis pelo rompimento do academicismo, tendo em comum o mesmo tema em suas representações: a derrota e as conseqüências da guerra na Alemanha.
A gravura “Jogadores de cartas” (1920), de Otto Dix, é uma obra que aborda a trágica situação de muitos soldados que sobreviveram a guerra, mas tiveram seus corpos mutilados. A obra nos mostra homens jogando cartas, onde um deles sem suas pernas tenta se equilibrar na cadeira e outro sem os braços segura as cartas com os pés.
Os movimentos artísticos mostravam a degeneração do país com uma percepção lúcida do que acontecia com a sociedade. Na obra de Lasar Segall, “Eternos caminhantes” (1919), os tons dramáticos demonstram todo o clima de destruição, decadência, violência e rastros deixados pela guerra que não poderiam ser apagados da história.

P.S Obras desses artistas são freqüentemente expostas em museus por todo o mundo. O museu Lasar Segall, São Paulo, estará com a exposição “Verdade – Fraternidade – Arte” em cartaz até o dia 20 de fevereiro de 2011. O público poderá ver a Alemanha Pós - Primeira Guerra Mundial representada por meio de gravuras, aquarelas e documentos artísticos, além de obras contemporâneas que reconstituem a história por meio da arte.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CABARET: MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS



Cabaré é o nome dado às salas de espetáculos, com origem no século XVIII, que incluíam música, dança, apresentações humorísticas, ilusionismo e outras artes. O primeiro cabaré famoso surgiu em um bairro boêmio de Paris no ano de 1881. Logo a definição do nome “Cabaret” é de origem francesa, sendo “taverna” o significado original da palavra.
Antes do surgimento do cabaré a França tinha seus cafés, entre eles o mais famoso nascido com a Revolução Francesa, chamado café-concert. Eram nesses ambientes que as pessoas cultivavam o lazer.
Os criadores dos cabarés queriam algo mais intelectual e inconformista, onde o can can fosse aceito sem causar escândalo, por exemplo. Além dessa ideologia ainda existiam outras distinções com lugares que também exibiam espetáculos. Por exemplo, o fato de que os espaços contavam com bares e restaurantes. Assim, um dos motivos de sucesso se dava pelo diferencial de que os espectadores podiam beber e comer enquanto apreciavam as atrações.
Os travestis receberam o primeiro espaço no palco com apresentações pantomimas (ou mimos), apresentações de mímica. A apresentação mais famosa de pantomima homossexual foi “Sonho do Egito” protagonizada pela atriz, pin up e novelista Colette e pela arqueóloga Marquesa de Morny. Em 1907 estavam previstas dez apresentações no Moulin Rouge, porém realizou-se apenas a primeira, já que a polícia ameaçou fechar o local por causa do homossexualismo apresentado no palco.
Já que citamos o Moulin Rouge é digno falarmos com mais detalhes do cabaré abrigado no bairro vermelho, no ano de 1889, em Paris. As apresentações características do espaço eram as protagonizadas pelas dançarinas de can can, que costumavam ter nomes artísticos extravagantes, por exemplo, “A Goulue”. O Moulin Rouge também causou muitos escândalos, considerados pela sociedade da época. O primeiro notável aconteceu em 1893 em um desfile de carnaval organizado por estudantes de Belas Artes. O motivo do escândalo se deu pelo fato dos artistas estarem desnudos, sendo condenados a uma multa se o fato viesse a ocorrer novamente.
O concorrente do Moulin Rouge era o Folies Bergère, inaugurado em 1869 como music hall, começando a exibir espetáculos de cabaré no fim do século XIX. Para concorrer com o Moulin Rouge contava com a contratação de duas estrelas da época, Loïe Fuller e Cléo de Mérode.
Os cabarés não eram exclusivos da França. Nos anos 20 e 30 Berlin passa a ser a capital mundial do cabaré. Porém, com a ascensão de Adolf Hitler, muitos artistas que trabalhavam nos cabarés tiveram que se exilar, por não estarem de acordo com a ideologia nacional socialista ou por terem origens judaicas. Nesse contexto os cabarés tomaram o mundo, já que esses artistas levaram essa cultura para países onde não tinham problemas ideológicos, como em Londres e Nova York.
Nos anos 60 surgiu em Paris uma nova representação de cabaré, chamado de café-théâtre (café teatro).
No entanto, os cabarés, foram perdendo o público ao longo do tempo. Atualmente, eles são visitados pela maior parte de turistas e não por espectadores habituais como no passado.
Mesmo com o enfraquecimento dos cabarés, podemos classificá-los em quatro tipos, denominados de Lhe Chat Noir e do Lapin Agile, de tamanho pequeno ou médio, habita sempre um bar, geralmente tendo apresentações de cantores, músicos e orquestras de jazz, podendo também ser denominado de café francês; os que seguem a tradição do Moulin Rouge e do Folies Bergère, sendo que o mais famoso atualmente é o Lido de Paris; os que seguem a tradição do Els Quatre Gats de Barcelona e do Cabaré Voltaire de Zurich, os cabarés de vanguarda; e os não tradicionais, onde as pessoas não se sentam para que se comportem mais pessoas e para que o público possa dançar conforme a música.
Em síntese, os cabarés surgiram com o intuíto de inovar a produção artistica, explorando a relação entre vida e arte. Ou seja, a criação dos cabarés foi vaguardistas. Com o tempo ele se popularizou pelo mundo sob duas percepções: artistica (positiva) ou preconceituosa (negativa). Pois, na época as manifestações artisticas eram mal interpretadas e censuradas, como o can can, visto com maus olhos pelo fato de que as mulheres levantavam suas saias e faziam movimentos provocativos (para a época), que foi proibido na era vitoriana.


P.S Atualmente, uma artista que faz sucesso nos cabarés é Dita Von Teese. Ela apresenta seus shows com performances musicais e de strip tease, em locais como o Crazy Horse em Paris. O ingresso para assistir uma de suas apresentações pode custar em torno de 100 euros por pessoa.

domingo, 12 de dezembro de 2010

CINEMA NOIR



O cinema Noir teve origem no período da Segunda Guerra Mundial e significou uma evolução na sétima arte. As influências foram retiradas do expressionismo alemão e da literatura Hard-Boiled, até então evitada pela America do Norte, por tratar de sexo e violência, temas censurados pelo Código de Produção. Mesmo sendo uma produção norte-americana seu nome (Noir) e produção tiveram origem européia, já que nesse período os europeus se refugiavam na América, fugindo da Guerra e do fascismo Europeu.
O nome “Noir” foi dado por críticos franceses que viram na produção um lado sombrio, obscuro e perverso. Além da semelhança com séries literárias intituladas de “Noire”, que retratavam romances policias.
Um dos principais objetos de análises do cinema Noir é a “femme fatale”, uma mulher que pode levar o homem a destruição em conseqüência ao antagonismo americano dado ao sexo e ao amor. Geralmente, essas mulheres fatais são representadas por atrizes morenas, pois o estereótipo da mulher loira significava uma mulher “boazinha”, perfeita para ser a dona do lar. Talvez por isso o mito de que os homens preferem as loiras.
Podemos dizer que a “femme fatale” é o reflexo do medo masculino, frustração e outros sentimentos acarretados pela Guerra. Pois, a posição da mulher no contexto americano vivido durante a Guerra mudou. Ela passou a ocupar lugares na sociedade que, anteriormente, era ocupado apenas pelos homens, criando um tom melancólico no homem que teve que se adaptar, pois sua auto estima foi ferida e a mulher era a culpada.
Na época em que o cinema americano tomava grandes proporções o cinema Noir era produzido com baixo orçamento, pertencendo à classe “B”. Mas isso não era um fato negativo, pois assim permitia-se maior liberdade aos diretores, já que eram menos vigiados e produziam obras para um público especifico, abordando sempre temas como sexo e violência, incluindo a morte.
O cinema Noir é um tipo sofisticado, clássico e avançado. Um dos recursos usados nesse tipo de filme é a elipse, não há uma linearidade no filme, passando por fatos do passado e do futuro. A fotografia é outro elemento fundamental no Noir, os ambientes noturnos e o submundo mostrado nas telas tornam-se fascinantes na fotografia em preto e branco. E finalmente, mais um dos elementos que constituem o cinema Noir é o narrador em primeira pessoa, que para entender sua perdição e como pode ceder as tentações relembra fatos que aconteceram com ele.
O Cinema Noir passou a ter sucesso mundial, influenciando muitas obras pelo mundo. No Brasil até temos obras que podemos classificá-las pertencentes ao cinema Noir, no entanto, o contexto não prevalece, já que as principais características não se aplicam ao ambiente brasileiro. Como criar a luz e sombra do Noir em um ambiente tropical? Já a Argentina pode-se dizer que tem um contexto privilegiado para essas produções.
Esse tipo de produção passou a ser classificada como “Cult”, por não pertencer ao estilo hollywoodiano com final feliz, pertencentes à classe "A", além de não ter o tom melodramático e sentimentalóide.

O PRAZER NO IMAGINÁRIO DA ARTE



A imagem do corpo corresponde à representação do ser e do mundo, já que as imagens corporais produzem e sugerem sentimentos, crenças e valores culturais. A representação artística do corpo são modelos culturais de percepção. Desse modo, as pin ups foram representadas na sociedade, levando o mistério e o recato sensual ao fascínio erótico.
Apesar das pin ups terem surgido na Europa, no fim do século XIX, pelas mãos de Jules Cherét, as décadas de 30, 40 e 50 do século XX é que marcaram a percepção da sociedade referente a essas mulheres, que surgem em fotos que, nesse contexto, substitui a pintura. As modelos usavam roupas intimas, acessórios ou símbolos fálicos sem explicitar o sexo e banalizar o corpo. A opção pelas fotos sensuais não serem feitas com modelos nuas são o ponto forte da sensualidade das mulheres e da arte, já que dessa forma o observador passa a despir com os olhos. Assim, o limite do querer é justamente onde forma-se o prazer, ou seja, é no privilégio da imaginação que essas fotografias estimulam o olhar do observador.
Existe a fotografia em que a personagem encara o observador e aquela em que se deixa observar, em ambos os recursos artísticos pode-se verificar um jogo de provocações e um tom sensual na obra.
A arte sempre influencia uma sociedade e essas fotografias não foram diferentes, pois as pin ups tornaram-se referencia de estilo, de auto-afirmação e mistério da feminilidade, perpetuando-se até os dias atuais.
Em uma sociedade contemporânea, onde o corpo feminino já foi tão explorado e banalizado, há uma tentativa de resgatar o estilo erótico sensual regado a malicia e recato, criando-se releituras criativas e inovadoras.
As pin ups expressam a sensualidade pelo olhar e na pose que vão além das fotografias. As pin ups ganharam representações que podemos perceber no dia a dia, mulheres que adotam roupas, acessórios, maquiagens e posturas das modelos, primeiramente retratadas por Cherét, como a atriz Marilyn Monroe na década de 50 e atualmente a stripper Dita Von Teese.  
Essa arte passa a ser explorada pelo comércio que passa a comercializar o estilo retrô, na moda, na publicidade e em outros meios capitalistas. Mas também a luta em reviver essa representação do erotismo feminina é um protesto contra os modelos estéticos impostos pela sociedade contemporânea.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O PAPEL DAS GUERRAS E DA REVOLUÇÃO FRANCESA NA PERCEPÇÃO E REPRESENTAÇÃO FEMININA



Não podemos ser intolerantes com fatos históricos “negativos”, pois mesmo as guerras nos trouxeram grandes transformações positivas. É claro que poderia ter sido diferente e muitas vidas poupadas, mas neste momento iremos focar nossa análise na contribuição para a ascensão feminina.
As mulheres que, historicamente, vinham sofrendo com a idéia de inferioridade imposta pela sociedade machista, tendo sua capacidade intelectual subestimada, suas aptidões desprezadas e suas idéias sufocadas pela manutenção do lar, com as duas guerras e acima de tudo com a Revolução Francesa conseguiram alcançar conquistas significativas para o papel ativo na sociedade.
As duas guerras tiraram as mulheres de casa, levando-as a ocuparem espaço no mercado de trabalho. A Revolução Francesa, determinando a todos o ideal de Igualdade, Liberdade e Fraternidade, fez com que surgissem movimentos em prol da paz, da vida, das liberdades individuais e a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Assim, os valores foram alterados, a ciência avançou, a tecnologia foi usada ao nosso favor e as novas concepções chegaram à percepção e representação feminina. E com acesso ao conhecimento as mulheres conseguiram lutar pelos direitos que até hoje estão sendo conquistados.

VINCERE



Inicialmente, temos a percepção de que o filme Vincere trata da vida de Benito Mussolini, porém no decorrer da obra percebemos que a representação vai além, já que podemos verificar a figura feminina tratada com o desdém da época e como o poder se coloca acima de tudo e de todos (ideologias, sentimentos, parentescos, contradições e personas).
Vincere retrata esses aspectos omitidos, destruídos e assassinados da biografia oficial do Duce, que por motivos alheios retira a Ida Dalser, sua primeira mulher, brutalmente, de sua vida e da história.
Podemos dividir o filme em duas partes, a primeira retratada pelo período em que o então socialista Mussolini vive uma relação com Dalser, e a segunda a ascensão do agora fascista Mussolini e a ruína dos renegados Ida e o filho.
Analisando a primeira parte é possível verificarmos que Dalser se entrega ao amor, acredita em Mussolini e acaba vendendo tudo o que tem para que ele pudesse se entregar aos ideais, por meio da fundação do Jornal “Popolo d'Italia”. No entanto, Mussolini muda seus idéias e junto com eles seus sentimentos, sofrendo a mutação do socialismo para o fascismo, o discurso contra a igreja para o cristão, o amor por Ida tornando-se uma fonte para a crueldade.
Na segunda parte podemos observar a luta de Ida em resposta ao desprezo de Mussolini. Ela não aceita perder o amor de sua vida e muito menos ter o filho, que um dia foi aceito, renegado. Então, Mussolini usa da prática usada há séculos de acusar as mulheres, que não se dobram as imposições da sociedade, de histeria e assim calá-las dentro de hospícios. Isso se torna revoltante e explícito, podendo ser comprovado na fala do médico que aconselha Ida Dalser “a ter uma vida normal, comportando-se como uma mulher obediente, cuidando da casa e do filho, sem manifestar seus sentimentos e suas verdades.”
Desse modo, enquanto Mussolini degusta sua ascensão, o filho cresce em um orfanato, sendo obrigado a não usar o sobrenome que o pai um dia lhe deu e sem a mãe que é torturada e silenciada.
Ao fim, Ida Dalser não veste a máscara teatral, ou seja, não se torna uma persona, terminando seus dias como louca. O filho que foi calado no orfanato, mais tarde vai para o hospício e morre aos vinte e tantos anos. Assim, Mussolini consegue “esconder” vidas e tornar-se uma persona.
O filme que foi exibido no Festival de Cannes não tem apenas um enredo fantástico, mas sim todo um conjunto artístico que reflete na tela. Podemos verificar que o cinema é sempre exaltado, por exemplo, podemos ver uma cena de “O Garoto” de Charles Chaplin, uma ironia no filme que retrata uma personalidade fascista, já que Chaplin trabalha com a crítica de certos ideais. Também, percebemos que alguns recursos cinematográficos insinuam que personagens são imagens que remetem a significantes e significados. A obra também retrata a tragédia maior existente no fascismo, a separação, pois os pares se completam, dois elementos diferentes que juntos tornam-se um só, no filme retratado, por Ida Dalser e Benito Mussolini, Ida Dalser e o filho, Benito Mussolini e o filho, que perdem a força quando separados. Além desses pontos a serem observados, o filme conta, ainda, com uma enorme riqueza de estudo e apreciação, que deve ser conferido e aplaudido.