"A NOSSA LINGUAGEM CRIA O MUNDO."

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DO IT YOURSELF: WARHOL E O PRINCIPIO AMERICANO



O principio americano “Do it Yourself”, com a tradução “Faça Você Mesmo”, é usado na literatura, como por exemplo no conto “Rip van Winkle e nas arte plástica, objeto de análise neste momento, onde iremos tratar da série de pinturas de Andy Warhol intitulada de “Do it Yourself”.
Essa série de pinturas é constituída por imagens organizadas por campos, numerados de acordo com a cor que corresponde a cada um. As imagens que o artista se apropria são em sua maioria paisagens, marinhas e flores. Algumas obras são totalmente pintadas, porém algumas o artista deixou espaços em branco na tela, que como um exercício infantil de colorir são sempre numerados. Porém, a idéia fica apenas na teoria, já que na prática ninguém pode pintar uma obra de Andy Warhol.
Podemos dizer que Warhol nessa representação defendia a idéia de que tudo poderia ser fácil dentro da ideologia americana, “Faça Você Mesmo”.
Além dessas análises, ainda, podemos dizer que o artista pinta um fundo critico social. Pois ele faz uma critica à manipulação do povo. Com os números indicando as cores que devem ser usadas, Andy Warhol representa a ausencia ativa de uma sociedade que vive de acordo com imposições.
O que podemos concluir é que as obras do autor nos levam a uma reflexão sem uma verdade absoluta, pois assim como toda arte, cabe a cada individuo a sua própria percepção. O encanto da arte é justamente este, poder interpretar livremente de acordo com seu conhecimento de mundo e sensibilidade, é claro que a partir das pistas deixadas pelo artista, ficando de nossa responsabilidade explorar e identificá-las.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O PECADO MORA AO LADO

 



“O pecado mora ao lado", é uma comédia da década de 50, estrelada pela fabulosa Marilyn Monroe e pelo talentoso Tom Ewell. Ambos conseguem fazer do roteiro, baseado na peça de George Axelrod, uma história engraçada com o toque patético do personagem Richard e com a sensualidade ingênua da vizinha.
Os pontos que devem ser analisados de acordo com o contexto histórico da época, em que o filme foi produzido, são os meios usados para burlar a censura americana conservadora. Mostrar o adultério nas telas do cinema, provavelmente, seria muito difícil de acontecer, mas esse filme conseguiu fazer com que a censura não pudesse argumentar que o adultério realmente aconteceu, já que não há nenhuma cena explicita disso, além do personagem se culpar o tempo todo de ter uma loira em seu apartamento e no fim deixá-la para ir ao encontro de sua esposa. Nesse caso, podemos até argumentar que o filme tem um discurso contra atos imorais, o código Hayes acreditou nisso...
Outro elemento, no filme, que tem muito a ver com a época em que os norte-americanos viviam era a explosão publicitária, que por meio da profissão dos protagonistas era exaltada, já que Ewell dava vida a um publicitário e Monroe a uma garota propaganda de pasta de dente.
Por trás das câmeras muitas coisas aconteciam. Marilyn Monroe era a responsável por esses momentos conturbados nos bastidores, já que estava apresentando os sintomas que a levaram a morte. Ela chegava atrasada nas gravações e esquecia o texto, chegando a ser gravado um único take 40 vezes. Os tranqüilizantes que a mataram já faziam parte de sua rotina, pois, enquanto a carreira ia muito bem a vida pessoal ia a ruína. Seu casamento estava em crise e chegou ao fim quando na imortalizada cena do vestido branco ela arrancou suspiros dos homens que passavam pelo teatro, sendo inclusive filmada novamente em estúdio, pois com os gritos da platéia seria impossível usá-la.
Contudo, como uma boa profissional, Monroe interpreta seu papel de maneira belíssima junto com seu companheiro de trabalho, formando um casal divertido e apaixonante nas telas. Vale à pena reviver o que os telespectadores dos anos 50 tiveram o prazer de desfrutar.


domingo, 14 de novembro de 2010

GUERRAS MUNDIAIS X MULHERES


Quando falamos em guerras e personagens que fizeram parte desses períodos sempre pensamos em homens, soldados e líderes (positivos e negativos), porém as mulheres ocuparam espaço determinante dentro desses conflitos mortais.
A Primeira Grande Guerra iniciou-se em 1914, englobando grande parte da Europa, consecutivamente, tomando proporções mundiais, sacrificando 10 milhões de vidas no tempo de quatro anos. Para que o país pudesse guerrear ele teria que estar economicamente bem estruturado e foram as mulheres que manteram as organizações internas dos países, movimentando a economia, ocupando cargos na época destinados aos homens. Desse modo, os países podiam assegurar a economia e fornecer mantimentos aos combatentes.
Temos na história a Segunda Guerra Mundial, ainda mais trágica e vergonhosa que a Primeira, pois em seis anos exterminou mais de 50 milhões de vidas. A mídia desempenhou um grande papel, pois a propaganda de que seria nobre servir a Pátria manipulou muitas mentes. Podemos dizer que esse período (1939-1945) foi a solidificação da manipulação da mídia que se propaga até a contemporaneidade.
O Brasil permaneceu neutro até 1942, acatando medidas adotadas por Getúlio Vargas. Ao sermos torpedeados pelos submarinos alemães em nossa própria costa litorânea, após o rompimento de relações diplomáticas com os países do Eixo, o governo brasileiro declarou guerra à Alemanha e à Itália contra o nazi-facismo.
E qual foi o papel da mulher na Segunda Guerra? Elas seguiram o exemplo das mulheres que viveram o período da Primeira Guerra e foram novamente trabalhar nas fábricas, atuando na organização interna do país, além de servirem como enfermeiras nos campos de atendimentos aos feridos. O Brasil enviou ao todo, para a luta, 25.334 voluntários, dos quais 73 eram mulheres enfermeiras do Exército e Aeronáutica. O número, proporcionalmente, pode parecer pouco, mas para a época foi um desafio para os padrões que apenas toleravam mulheres no magistério. As brasileiras passavam por um intensivo teste de seleção, que incluía um curso composto por três módulos: teoria, preparação física e instrução militar, agregando conhecimentos científicos, culturais, tecnológicos, militares e políticos, já que até então eram excluídas desses meios.
As enfermeiras brasileiras sofriam a discriminação vinda das norte-americanas, tinham dificuldades lingüísticas e tiveram que se adequar com o clima europeu, trocando o uniforme brasileiro pelo americano. Porém, isso foi apenas o inicio de um bombardeio físico e acima de tudo psicológico, já que sem descanso ou intervalos elas tinham que socorrer as vítimas que chegavam e moldavam o retrato da crueldade que a guerra construía.
Essas brasileiras que vivenciaram o sofrimento da Segunda Guerra foram as grandes responsáveis pela inserção das mulheres nas Forças Armadas do Brasil. Podemos dizer que depois da Guerra as mulheres não quiseram regredir e acreditaram que podiam ganhar direitos civis e políticos, já que puderam constatar que elas iam além da vida privada, podendo ocupar cargos que até então eram ocupados apenas por homens.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

UM SENTIMENTO CHAMADO ARTE


Definir a arte é muito complexo, pois estamos falando de percepções e representações de emoções e conceitos. Podemos tanto dizer que a arte tem um fim prático quanto todo e qualquer valor que você quiser que tenha. Os dicionários não dão conta de definir tantos conceitos existentes, a arte é uma das limitações, pois dizer que arte está ligada ao artesanato ou às técnicas de execução não é suficiente.
A arte é uma das formas que o ser humano construiu para que pudesse transmitir suas emoções de modo indireto, já que a materialização das emoções são interpretadas de acordo com a percepção de cada indivíduo. O artista usa de meios para que possa materializar toda a emoção. Ele descarrega em sua obra-prima todo o sentimento que está em seu ser e que será interpretado de acordo com o sentimento do público, assim construindo-se múltiplas interpretações do que o criador quis transmitir.
Dizer que existem sete artes na sociedade contemporânea é um equivoco. Classificar apenas a Música, a Pintura/Desenho, a Escultura, a Dança, a Literatura, o Teatro e o Cinema como as artes existentes é um ato brutal. Nos dias atuais incluímos a fotografia, as histórias em quadrinhos, os jogos de computador e vídeo e arte digital.
Certamente essa classificação das onze artes ainda é imprecisa, pois a cada dia há pessoas fazendo arte, exteriorizando suas essências para que possamos enxergar as nossas na arte alheia. Porém, o importante não é classificar as artes, mas sim senti-las. Arte é tudo de inexplicável que vivemos. Talvez essa fosse uma boa definição para o que vem a ser a tão fascinante arte. Então, VIVA E FAÇA ARTE.